segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

O que se dizia das Termas em 1936


(...)Notável tolerância do organismo para a água sulfúrea fria, colhida na bica patente em elegante copa; recentes melhoramentos no balneário; frescura e leveza de água potável” fonte do ribeiro” reconhecida salubridade local; bondade do ar; salutifero pela pujança de pinhais a circundar campos de lavradio, tudo franqueado aos mais variados passeios; vida rural do povo, entretido na faina agrícola do solo fartamente irrigado; tais são os atractivos que pela terceira vez me trouxeram ás Caldas de S. Jorge em tratamento e em gozo de férias, muito apreciadas nesta pacifica estância do concelho da Feira tão perto do Porto.
Caldas de S. Jorge, 30 de Junho de 1936.
António Caetano Ferreira de Castro
Médico no Porto
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(...)Sob o influxo vitalizador das suas águas termais todo o orga­nismo se transforma: as articula­ções pêrras de o reumatismo rea­dquirem a mobilidade, a pele es­foliada, dura, de crostas repelen­tes, alisa-se, amacia-se, torna-se flexível, o aparelho digestivo limpa-se de catarros, expurgasse de dispepsias, drena-se de bílis e até a dura fibra cardía­ca, tocada pela acção emoliente dos banhos e pela sedução da pai­sagem, deixa de ser músculo es­treme e desabrocha a sua espiri­tualidade em flirts e casamentos.(...)
Foz do Douro, Julho de 1936.
Fernando Conceição
(Medico hidrologista)
Talvez venha um dia a publicar estes textos lindíssimos na integra...

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