segunda-feira, 18 de junho de 2007

O APARCAMENTO TERMAL.


É com muita satisfação, que eu vejo a recente preocupação de vereadores dos vários partidos políticos com assento na assembleia municipal, no que toca ao aparcamento na zona termal, levando a querer que afinal Caldas de S. Jorge existe, quer o nome, quer algo mais que está para alem do mapa concelhio de Santa Maria da Feira. Não deixa de ser uma surpresa muito grande este súbito alarido em torno de uma freguesia esquecida no tempo, no espaço e longe da verdadeira essência que foi abençoada esta vila, isto é o turismo termal. O que não deixa de ser caricato é que a ideia apresentada seja um pouco “medieval” para a visão da população de Caldas de S. Jorge, fazendo jus às promessas eleitorais, dando a entender que o verdadeiro desenvolvimento do real turismo termal foi esquecido em detrimento do turismo de “visita médica, se é que se pode chamar turista a esse tipo de visitantes.

Passo a explicar:

No futuro, segundo os especialistas da matéria, está previsto que cada vez se use menos as viaturas pessoais em detrimento das colectivas, principalmente nas zonas de lazer e locais de repouso bem como na generalidade, o que não deixa de ser verdade, que Caldas de S. Jorge só possa atingir essa realidade lá para o ano 2020 se tudo correr bem. Sendo também verdade é que se torna extremamente fácil contornar essa realidade, bastando para isso copiar bem, mesmo nas mais fracas estâncias termais do país, sem haver necessidade de puxar muito pela cabeça ou pelo orçamento camarário, visto estarem as soluções à vista de quem quiser ver, e eu repito de quem quiser ver.
Não deixa de ser pouco prudente que se peça para a câmara municipal investir uns milhares largos de euros, quando essa mesma entidade tem terrenos adjacentes às termas totalmente abandonados, que poderiam e deveriam ser utilizados para o desenvolvimento da vila termal, nem que para isso tivesse que ceder gratuitamente, a investidores particulares, sejam eles do partido a, b, ou c desde que apresentem um projecto realista sem politiquices, para a construção quer de uma unidade hoteleira, bem como complementos na zona envolvente, evitando a sim o caos que se vive diariamente nas ruas circundantes das termas. Esse projecto ia de encontro com as aspirações de toda a população, e poderia reduzir os aquistas que se deslocam diariamente nas suas viaturas por falta de alojamento na freguesia, sendo do conhecimento geral, a existência de uma unidade hoteleira nas imediações termais que normalmente se encontra super lotada, anulando a alternativa a quem queira pernoitarem na vila termal.
Não deixa de ser irónico que a parte difícil de solucionar já tenha solução, que seria encontrar investidores e um local propício ao investimento privado, faltando apenas a vontade política para avançarem de vez com verdadeiro desenvolvimento sustentando da vila termal. Isto só demonstra que as propostas apresentadas são secundárias com pouca importância. Já é tempo de levarem a reunião de câmara, projectos que possam solucionar o problema e não projectos que vão atenuar falhas pontuais, nomeadamente a construção de uma unidade hoteleira com cabeça, tronco e membros.
Na esperança mas não na certeza de ver esta proposta debatida em assembleia de câmara, peço a todos os partidos políticos que demonstrem na hora da verdade a verdadeira vontade e o respeito que de facto têm por Caldas de S. Jorge e suas gentes.

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