sexta-feira, 24 de fevereiro de 2006

A ROTA DA FOGAÇA…

Esta edição da festa das fogaceiras, contou pela primeira vez com a participação do agrupamento de produtores artesanais da fogaça da feira, que logo me criou uma falsa expectativa se finalmente iria existir uma organização que verifica-se e assegurasse a qualidade da fogaça vendida, mas com muita pena minha e sem surpresa nenhuma verifiquei que a fraca qualidade de produto vendida na festa, era a mesma chegando ao ponto de alguns feirantes saldarem tendo em alguns casos quase oferecerem aquele produto a qual alguns vendedores apelidavam tratar-se de fogaça da feira. Pena é que não haja distinção de quem vende realmente o doce tradicional regional de uma outra coisa qualquer com um formato quase parecido. Nesta edição ainda não foi possível a criação no rossio de um local exclusivo para o agrupamento de produtores, talvez por falta de tempo, visto ser uma associação ainda muito recente, ficando a intenção politica de na próxima edição já existir essa desejada demarcação. No entanto não deixo de destacar, a forma rigorosa e determinada, que quer a Câmara Municipal, quer a confraria das fogaças e agora recentemente o agrupamento de produtores de fogaça, têm vindo a actuar pela preservação, divulgação e tradição deste produto inteiramente Feirense.
A festa das fogaceiras, por norma resume-se somente ao dia 20, talvez seja altura de a confraria da fogaça, o agrupamento de produtores artesanais da fogaça da feira, Câmara Municipal e Juntas de freguesia criem uma rota das fogaças, rota essa que consistia na demarcação das padarias históricas associadas ao agrupamento colocando uma sinalética personalizada indicando a localização e nome das mesmas, devendo ser criados passeios turísticos, escolares e de idosos com o intuito de ensinar e divulgar quer a forma de fabricar este doce regional, quer educar e sensibilizar para a história secular do concelho de Santa Maria da Feira. Caso seja criada esta rota a festa das fogaceiras não ficará cingida a apenas um único dia, mas sim a todo o ano, e desta forma educa-se quer os Feirenses quer os visitantes para as verdadeiras características deste doce típico regional, ficando com um conhecimento mais alargado, para sempre que tenha de adquirir para consumo próprio ou para oferecer não virem a comprar gato por lebre, manchando o nome e a história que tanto demorou a prestigiar.

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